O Início

Como falei, terminei o livro em 2006. No ano seguinte contratei a Redacional Editora e Livraria para a correção do texto e avaliação comercial dele. Após todo o trabalho eles me devolveram, em 04 de julho de 2007, o livro com as devidas orientações e correções. Mas, sob uma dimensão geral da obra, assim eles julgaram:

 

"Alexandre, seu livro contempla diversos aspectos da formação do Brasil, da cultura brasileira de origem afro, da cultura oficial, da vida marginal, da religião católica. Embora se possam fazer algumas observações estilísticas, seu livro apresenta um projeto bastante audacioso e interessante. No geral, você se sai bem, articula de maneira coesa e coerente os vários pontos do enredo, levando o leitor a uma viagem nunca dantes feita, ao menos não sob a perspectiva adotada. Em resumo, trata-se de um bom livro."

 

Mais adiante, percebi que havia a indicação em alguns momentos do texto quanto aos diálogos:

 

"Os diálogos dão dinamismo ao texto. Mas talvez fosse interessante marcar as falas de cada personagem, vez ou outra, com interferência de um narrador. “Paulo concorda: ...”

 

Pois bem, entendi a mensagem, mas ao invés de tentar rever essa indicação, constatei aquilo mesmo o que eu queria, que era dar dinamismo ao texto, pois tudo enquanto eu escrevia estava acontecendo e é nesse mesmo ritmo eu quero que o leitor construa a história dentro dele. Então achei magnífico esse comentário. Mas cedi a essa observação e muito de vez em quando eu realizei a interferência conforme a indicação.

 

Uma coisa era certa, eu não conseguia mexer muito depois de escrito, somente quanto a alguns esquecimentos aqui e outros ali, nunca na estrutura. É como se eu fosse impedido e assim respeitei.