O Autor

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Alexandre Pires


(Imagem 1/5)


O meu nome significa defensor da espécie humana.



Nesse mesmo espírito é que tentei expor meus gritos internos que me ecoavam feito sangue em punção.


Meus pais, na minha adolescência, sempre me chamavam de defensor das minorias.


Isso significava que eu tentava entender por que grupos eram sempre discriminados ou mesmo excluídos de outros grupos por preconceito.


Nunca entendi muito bem o preconceito, que é em suma o sentido da intolerância. E por razões pessoais alguém pode atacar uma outra, pode enxotar, pode bater, pode apontar? Quem lhe concede esse direito? Por legitimidade? Por negligência da própria Lei?


E não estou falando ainda da ficção. É a mais pura verdade.


Como não tinha como alguém me explicar tudo isso, eu precisava ver com os meus olhos as dores do mundo. Foi como colecionar tristezas e ruas sem saída.


Não foi em pesquisa organizada, feito monografia e afins, foi abrindo uma grossa cortina que a sociedade nos coloca na cara, principalmente sendo sócio da classe média e branco católico, e direcionando o meu olhar para tudo o que acontecia. E nem vale a pena descrever aqui.


E isso foi primordial para que eu crescesse como ser humano. Aos quinze anos de idade eu me sentia anos luz a frente de toda a minha turma do colégio. Eu tinha dado passos a frente, só não sabia o que fazer com aquele estado de entendimento. Não tinha com quem dividir, seria no mínimo louco ou como era característico me chamarem, o rebelde sem causa.


Mas existia causas sim.


 


Escrever sempre foi uma forma de expor minhas ideias, minhas conclusões, meus desabafos. E assim todos liam e podiam compreender mais da compreensão que ma fazia sentir mais esclarecido. Não quero afirmar que era superior ou que vivenciava experiências tais que faziam levar a crer em conclusões, estou falando em querer observar e levantar questionamentos. E ler e buscar das pessoas as suas impressões. Quebrar barreiras e investigar mesmo.


 


Já tendo certeza que queria ser ator e escritor, já tendo feito cursos de teatro e peças e sendo um dos melhores aluno de redação nos colégios, quis juntar tudo ao mesmo tempo, fazendo o segundo grau em propaganda e publicidade. Isso eu achava, até entrar na faculdade de mesma formação e compreender que a minha arte estava sendo usada em favor do capitalismo. NÃO! Mudei para jornalismo. Por diversas situações, não consegui concluir. Anos mais tarde e a um ano de conclusão, me formo em filosofia.


 


Em paralelo eu permaneço nas tentativas de me estabelecer como artista, seja escrevendo, atuando ou cantando.


 


A arte é a única forma que eu tenho de ser eu mesmo e de poder protestar sobre as atrocidades humanas e propor caminhos ou reflexões para um mundo melhor e estável, com igualdade e solidariedade.


 


Adoro o meu nome!


 


 


  


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Pense bastante na atitudes que você toma hoje. Pode ser que nem em anos você perceba se as suas ações são certas ou erradas. Os reflexos podem ser sentidos em outras vidas futuras, assim como hoje volta sobre si o que praticou algum dia. Parece um tom trágico e é. Lógico que não estou falando em coisas ruins, das boas falo também. Mas tenha sempre consciência do que faz. E faça o melhor. Elimine preconceitos e seja cada vez menos capitalista. É totalmente possível viver sem tanto dinheiro. Não reze dessa cartilha. Seja um escravo de Deus, dos Deuses e não dos bancos.